sábado, 7 de setembro de 2013

Como escrever meu diário de campo?



Esta pergunta passeia em nossos pensamentos durante um bom tempo ao recebermos esta tarefa durante a disciplina de Antropologia da Educação: escrever um diário de campo. Percebo que fica até difícil entender esta dinâmica de escrita nesses nossos tempos modernos, dos “fast-tudo”, onde não temos muito tempo para observar e refletir sobre as coisas em nossa volta. Na verdade soa meio deslocado, old-fashionable mesmo, falar em caderno – principalmente em tempos de Internet, cyberspace e sites (MAGNANI, 1997).

Registrar em um pequeno caderno o que observamos ao nosso redor, também nos dá a oportunidade de nos conhecer melhor, mostrar através de nossas observações  um pouco mais de nós mesmos e a forma como vemos o mundo.

Achei interessante a forma “desbravadora” como os colegas expuseram seus escritos após o convite da professora na última aula. Acredito que as observações e reflexões lidas deram vazão a outras tantas que virão durante este exercício.
Aproveito o espaço para expor também um trecho do meu diário de campo que servira de base para a minha pesquisa etnográfica feita no semestre passado.

Data: 07 de maio de 2013 (terça-feira)

A professora chegou bem atrasada. A turma já estava quase indo embora quando um funcionário da coordenação veio nos avisar que ela ainda chegaria. Às vezes tenho a impressão de uma falta de informação generalizada na Faced. Para os alunos do turno da noite é extremamente prejudicial. Parece tornar ainda mais cansativo estar na faculdade. Olhando para o semblante das pessoas torna-se notório a luta diária contra si mesmo, contra o cansaço do corpo e contra todas as adversidades (dentre elas a falta de informação) encontradas na academia. 
Mas enfim, a aula continuou normalmente após a chegada da professora. Chamou-me atenção o pedido da professora por uma LDB, necessário para aula, mas ninguém tinha. Acredito que se a orientação tivesse sido dada com antecedência pelo SIGAA, por exemplo, muitos alunos levariam o material, e a aula consequentemente seria mais rica.

Será que encontraremos questionamentos comuns neste semestre de 2013.2? Será que observaremos sob a mesma perspectiva as mesmas situações? Pessoas diferentes, olhares diferentes?
Quero observar. Quero registrar. Quero conhecer.


Bom trabalho a todos e vamos escrever!

44 comentários:

  1. Esse exercício é muito bacana, mas é um pouco complicado filtrar algumas informações ou considerar outras, neh? Depois de ontem, ouvindo o que a professora disse e o diário do Eder, percebi que posso ser 'menos revoltada'(risos) e hoje estou colocando também algumas observações pessoais. Vamos ver o que vai dá. Mas hoje posso dizer que não sinto mais aquele sentimento primeiro de 'obrigação' (tipo, tenho que fazer porque vale nota) e sim porque é um exercício importante até para o cérebro, neh?(risos).Então vamos exercitar a memória!

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  2. Ótimo artigo, Elaine! O "diário" pareceu-me bem complicado no início, contudo, a medida que fui escrevendo, sentia que ganhava mais experiência neste exercício! Ontem mesmo, seguindo o conselho da professora Bernadete, passei a refletir mais na minha escrita... Também ajudou-me bastante escutar o diário da Aline! Tive um exemplo de como observar com um outro olhar os acontecimentos do meuquotidiano... Bjus e boa noite!

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  3. Concordo com a Aline! O sentimento de obrigação aos poucos dá espaço para um exercício até prazeroso... E você acaba querendo escrever mais coisas a medida que os dias vão passando... O importante é escrever! =D

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    1. Realmente Marina está sendo prazeroso agora...
      Já fiz o meu de ontem e dessa vez rendeu mais (ainda. risos)
      :D

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  4. Também concordo com todos! Eu nunca fiz diário, e estou aprendendo aos poucos como escrever! O exercício está se tornando cada dia mais prazeroso e espero conseguir olhar melhor as coisas ao meu redor!

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  5. Viva!!! Estou super-contente que o blog da Elaine começa a "pegar"! E já começo a achar que vale a pena dar uma passadinha aqui para um dedinho de prosa! Bom domingo!

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  6. Interessante ver como nossas dúvidas e opiniões sobre o diário de campo são similares... "Como filtrar?" "O que e como escrever?"...Todos nós em algum momento nos sentimos assim, e socializar, dialogar sobre isto pode ser um ótimo caminho. Principalmente ao percebermos que a escrita do diário que antes parecia algo "chato" tornara-se prazerosa. Bacana!

    Concordo com o comentário da Professora Bernadete e acrescento: tenho a impressão que esta turma gosta de uma boa conversa! (rs)

    Um bom domingo!

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    1. Gosta mesmo. Nossa turma é faladeira e nos ajudamos sempre!!

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    2. Já vi o quanto isso é bom, Dulci! Um bom diálogo é sempre benéfico para todas as partes. Todo mundo se comunica, todo mundo se ajuda. Já me contagiei! hehe

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  7. Obrigado pela ajuda Elaine!

    Acredito que esse trabalho do diário de campo será bem proveitoso para todos nós, afinal, a observação é realmente necessária, porém na correria que vivemos deixamos mesmo de fazer esse exercício, até sermos convidados a fazê-lo. (risos)

    Bom dia!

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    1. Seja bem vinda, Roselene!
      Vi como estava aflita em usar este "novo" espaço e fico feliz com sua contribuição. É isso aí! Conte conosco!

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    2. Rose, vc sabe agente sempre se ajuda! Vai dar certo minha querida!
      "andar com Fé eu vou que a Fé não costuma faia..."

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  8. Confesso que sou meio cabeça dura pra escrever, mas como já foi dito, esse trabalho será muito proveitoso.

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  9. Como eu escrevi no meu diário, eu sou péssimo observador. O meu drama se completa porque eu só chego atrasado e saio correndo quando acaba a aula pra não perder o ônibus. Mas o diário está servindo pra eu prestar mais atenção em coisas que passavam despercebidas. Eu fiquei ouvindo um pouco o da Aline na aula passada e fiquei pensando: como é que ela percebe tudo isto? Enfim, acho que o diário vai dar um certo trabalho no início mas acho que será bem proveitoso.

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  10. É o diário agora passou a ser um bicho menos complicado de fazer. Eu tinha uma noção bem diferente desse tipo de produção pessoal. Agora todas as dúvidas foram dissipadas, resta continuar colocando a mão na massa para assegurar um bom trabalho. Tenho certeza que o diário realmente vai fazer parte da minha vida de agora em diante

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  11. O bom de dialogarmos é isso...desmistificar,tirar dúvidas e até perceber que quando somos desafiados e encaramos de frente, podemos fazer mais e melhor.

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  12. Olá pessoal, tenho que confessar algo a vocês.
    Eu tenho um Diário, uma agenda onde escrevo momentos de minha vida, da vida das pessoas que amo , lugares, experiencias boas e ruins... tem foto, colagens, musicas, textos que gostei, que gosto...Não lembro quando comecei com isso, mas faz tempo e me faz um bem danado. As vezes sinto e não quero ou não posso falar então escrevo, pra desabafar, ou de alegria por algo que aconteceu! Apesar disso tenho sim dificuldades de verificar na FACED o que escrever, o que é relevante... acabo escrevendo sobre vocês meus amigos, sobre nossos momentos juntos, alguns bem engraçados. Sei que esse Diário sera um aprendizado e que ficara na memoria!!
    Ouvi uma vez que o que escrevemos se eterniza...Bju da Du!

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    1. Eba Conseguiu Antônia, neh? rsrs
      Adoro escrever, escrevo poemas, mas tbm estou amando esse 'estilo'!
      Ah ver se deixa um espacinho p/ mim no seu diário, viu?
      Bjao :D

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    2. Dulci,
      Você pede ideias sobre o que observar na Faced... Sugiro que se pergunte: o que na Faced me atrai, do que eu gosto na Faced? Você já falou nos amigos, na alegria... Fale mais, conte mais, no seu diário, claro...Pq a alegria? O que na Faced lhe incomoda? Do que não gosta? Imagine que conhece um tailandês na internet e ele lhe pede para falar do seu curso de Pedagogia... Pede que vc descreva tudo o que vê e sente durante uma semana de aula... Pede que vc seja sincera...Este seria o conteúdo do nosso diário... Mas cada um vê e escuta o que pode... É isto! Vambora!

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    3. Vambora sim, tenho tenho certeza que vai dar certo, e que com tempo estaremos percebendo coisas, situações importantes que nos passavam despercebidas. Registraremos com discernimento e sabedoria...
      Obrigada Professora.

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  13. Deixa eu confessar também. Há mais ou menos uns 15 anos atrás(é o novo), passei por uma situação muito difícil. Como não tinha com quem desabafar, escrevi algumas (muitas) cartas para Deus. Nelas eu contava tudo e isso me aliviava um pouco o sofrimento. Guardei estas cartas por muito tempo, contudo, nunca as reli, nunca tive coragem. Com o tempo elas se perderam, não sei que fim levaram. Quando a professora Bernadete nos mandou fazer o diário, estas cartas me vieram à mente. Foi uma ótima terapia para um momento muito conturbado da minha vida. Ainda bem que tudo passa e o tempo cura muitas feridas. É isso!

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    1. Gostei dmais Paulo...cartas pra Deus! As vezes não conseguimos falar, as vezes não temos alguém pra nos escutar, e escrever nos ajuda, nos liberta!!
      Tenho minhas agendas dos anos anteriores, as vezes releio algumas paginas, e revivo alguns momentos!!

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    2. Concordo com suas palavras, Paulo Pessoa. A importância da escrita, ter uma folha de papel em branco, tomando-a como companheira, é ótimo para expressarmos as nossas aflições e angústias, servindo também para expressar nossas alegrias.
      Escrever é uma arte, é nessa arte que agrupamos todos os sentidos da nossa expressão: ouvir, ver, pensar, falar e fazer. Parabéns a todos por estarem empenhados em assimilar o conteúdo da disciplina Antropologia da Educação.

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  14. Quando questionei a professora, sobre registrar situações externas à FACED, foi porque já tenho um certo hábito de escrever em forma de desabafos, é um exercício maravilhoso! Gosto muito de escrever também, e ganhei dois diários para fazer em antropologia e filosofia, terei que exercitar bastante, e espero progredir, como você Elaine, mencionou na sexta-feira à respeito do desenvolvimento e sucesso dos alunos no decorrer do semestre! Obrigada professora Bernadete, pela oportunidade de nos conhecermos de maneira tão deliciosa! Beijoss para todos, e parabéns Elaine pelo sucesso que está se tornado esse blog!!

    By: Thais X.

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  15. Olha quanta coisa interessante estamos mostrando através de nossas palavras! A forma como observamos, nossas histórias, nossas concepções de mundo, como nos relacionamos...como somos.
    Estamos dando o primeiro passo!

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  16. Bom dia!
    Eu não sei se vocês sabem disso, mas a exposição do "íntimo" foi consequência do movimento feminista... O que as feministas expunham era principalmente a violência doméstica, os medos, os desejos, etc. Simone de Beauvoir ficou conhecida também por isto. Criava os seus romances meio biograficamente e criava também com isto muitos desafetos. A arte perturba. A exposição perturba. Mas a vida também nos perturba e "fazer arte" é uma resposta criativa... Produtiva... Os diários, escritos para nós mesmos, para Deus, ou para alguém imaginário são um encontro, um desabafo, uma conversa... Mil vezes a literatura me salvou... Espécie de fio entre mim e Deus... Entre mim e o inexplicável... Falo sobre isto em postagem que fiz no meu blog, Sumehrianas, no tempo em que me aventurei a blogueira... Aqui vai o link do texto que intitulei "Ainda sobre solidão e literatura"... http://www.bernadetebeserra.blogspot.com.br/2008/07/ainda-sobre-solido-literatura.html
    Repito: estou contente que este papo esteja rendendo...espontaneamente.

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  17. "O que é mais difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo pouco."

    Júlio Dantas

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  18. Boa tarde a todos os colegas,

    A principio achei a tarefa um pouco desafiadora, pois com tanta correria me questionei se daria tempo ou se seria feito de forma dedicada. Confesso que não consigo me expressar muito bem quando se trata de transcrever as observações que eu faço, é um pouco complicado,justamente porque exige uma reflexão, não pode ser posta de qualquer jeito. Mas hoje, posso dizer que estou mais a vontade com esse diário de campo, e que a naturalidade já passa a se fazer presente, não esta mais sendo tão tecnico quanto os primeiros. Acredito que essa atividade trará muitos beneficios para a nossa formação, nos ensinará a observar mais e refletir mais.

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  19. A princípio fiquei angustiada com essa questão do diário de campo, não somente pela obrigação de faze-lo,mas por ter minhas indignações, intimidades, frustrações e até mesmo alegrias expostas. Embora já tivesse feito vários diários na adolescência, não estava me sentindo aberta para a realização do diário de campo, poxa o meu diário rosa era fechado com um cadeado, só eu tinha a chave,rsrsrs.
    Resistir... Comecei escrevendo situações que chamavam minha atenção, sem critica ou comentários, passado alguns dias já estava analisando a situação de uma forma crítica dando vazão a indignação que encontrava-se dentro de mim a tanto tempo que nem eu mesma sabia.
    Esse "negócio" é bom mesmo. Estou adorando.

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    1. Oi Renata, desde que li seu comentário fiquei refletindo sobre o que diz acima, sobretudo a dificuldade de compartilhar "indignações, intimidades, frustrações e alegrias"... De fato, apenas eu e Elaine leremos os seus diários e, se preferirem por alguma razão, apenas eu lerei. E o meu compromisso, já firmado em sala, é que sob hipótese nenhuma exporei qualquer informação que neles apresentam ligando-a a seus autores. O anonimato será garantido. Mas os problemas não param aí e concordo também com você quando chama a atenção para o fato de que uma coisa é escrever para você mesma e outra é escrever sabendo que há um ou outros leitores. É verdade, o resultado é bastante diferente. Quando escrevemos para alguém que não seja nós mesmos, estamos sempre, de algum modo, "encenando", criando uma persona que não é aquela com quem nos deparamos todo dia na rua e na intimidade. Mas vejo que já fez o seu esforço para superar esse desconforto inicial e está já colhendo os frutos da sua coragem. Como vocês já entenderam muito bem, um dos propósitos é que através do exercício se conheçam um pouco mais e também ao ambiente em volta, no caso, o da FACED. A partir desse conhecimento embrionário, geralmente de base religiosa ou ideológica, começaremos a refletir "antropologicamente"... Tal como explico no texto Heroína ou Vilã... Mas fico contente que já tenha encontrado um sentido próprio para o seu diário: libertar-se dos sentimentos frutos da indignação ante as violências cotidianas que sofremos todo dia... Não preciso dizer o que já sabe: esse ato de se narrar e ao mundo ao nosso redor não é apenas um exercício "etnográfico", mas também um instrumento de cura... De reconstrução... Estou adorando que você está adorando!

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  20. O que eu posso dizer é que apesar de nunca ter feito um diário, a experiência está sendo interessante! Tirando os dias que não vem nada na cabeça e dá uma preguiça horrível!

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    1. Concordo total: tem dia que simplesmente não dá para escrever, não queremos escrever. Pronto. É assim. Mas uma coisa é um dia ou outro ter esse sentimento e outra é não fazer o "dever de casa"... Mas sei que não é disso que está falando...

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  21. No meio de tantos resumos de tantos professores, o diário de campo até que não está sendo complicado.

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  22. A proposta do diário de campo é interessante e, sem dúvidas, enriquecedora, mas a obrigatoriedade de fazê-lo causa uma certa resistência, não só pela dificuldade de disciplinar nosso olhar (como exposto no texto de Ronaldo Cardoso de Oliveira), mas, principalmente, porque tal atividade demanda um certo tempo, escasso no nosso cotidiano conturbado. Considero injusto fazer críticas sem propor uma nova abordagem, mas quero que essa declaração seja encarada mais como um desabafo do que como uma apreciação negativa!
    Quanto ao que escrever, ainda estou um pouco receosa, pois, ao contrário dos meus colegas Aline e Éder, que fizeram reflexões sobre fatores externos a si, tenho uma forte tendência a falar muito de mim e de meus sentimentos. Como proceder?

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  23. Aiii Maryane, eu tambem tenho um pouco desse problema, porque tem dias que percebo ter falado muitooo de mim, e menos da FACED, mas acredito que com a prática, vamos conseguir!

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  24. Meninas, concordo com vocês. Acredito que não temos como fugir disso. Nossas palavras mostram muito de nós mesmos e da forma como observamos o mundo em nossa volta. Mesmo quando refletimos sobre fatores "externos", é a nossa observação que se faz presente. E como você disse Júlia, também acredito que o exercício da observação e da escrita tornam-se familiares à medida que os fazemos.

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  25. Parabéns pela iniciativa, estou construindo um diário de campo pra uma pesquisa empírica e me identifiquei com alguns dos comentários expostos.

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  26. Parabéns a todos, os comentários acima me deram um fôlego para produzir o meu diário de campo!

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  27. Parabéns a todos, os comentários acima me deram um fôlego para produzir o meu diário de campo!

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  28. Boa tarde meu nome é Rosemaire e estou escrevendo o meu diário de campo onde eu tenho mais dificuldades é no inicio do diário queria escrever algo diferente no começo, mas não sei como começar, o meu começo é sempre o mesmo Inicia-se o dia... ,ou na presente data....., não tenho ideia de outro inicio e frase me ajude, kkkkkk

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  29. Não sei me expressar no meu diário de campo,sou estagiária de serviço social. Minha supervisora quer tudo ao pé da letra. Abrigo feminino de meninas de 12 à 18anos me ajude por favor me envie dia à dia. Estou lá mais ñ consigo encaixar como ela quer.

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