sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Instruções sobre a 1ª Avaliação




Caras e Caros,

Conforme previsto no nosso cronograma, aqui vão as instruções para a 1a avaliação. Caso tenham alguma dúvida tragam para a aula de hoje à noite. A questão da primeira avaliação é a seguinte: “Baseada(o) na compreensão dos conceitos de capital cultural, (ideologia do) dom e êxito escolar, explique como a sua história social (familiar e escolar) influenciou na escolha do curso de Pedagogia (ou outro, caso não seja aluno deste curso). Explique também como os seus “capitais” acumulados influenciam no seu desempenho nesta disciplina (tanto em termos de frequência, compreensão dos textos e escrita de resumos e participação em sala de aula). Peço a todos que na primeira página, antes do texto da resposta propriamente, apresentem as seguintes informações:

1. Idade e local de nascimento
2. Estado civil e número de filhos
3. Religião (e se é ou não praticante)
4. Se trabalha ou não e ONDE//Salário
5. Escolas onde estudou (bairro e cidade) e se públicas ou privadas
6. Nível de escolaridade e profissão do pai e da mãe
7. Nível de escolaridade e profissão dos avós paternos e maternos
8. Quantos irmã(o)s
9. Número de pessoas na sua residência atual

Peço a atenção de vocês para o prazo de entrega do trabalho e o tamanho do texto. Tratando-se de uma questão complexa sugiro que a resposta seja apresentada em textos entre 5 e 10 páginas, espaço 1,5, Times New Roman, margem esquerda um pouco mais larga (1,5cm) para que eu possa comentar do lado.

Até breve!

Bernadete

7 comentários:

  1. Pessoal, tô meio perdido quanto ao conceito da "ideologia do dom". Pelo que entendi de Bourdieu e pelas explicações da professora Bernadete é que eu não posso atribuir os meus "êxitos" exclusivamente aos meus esforços e sim ao capital cultural adquirido ao longo de minha vida, porque se não, os meus fracassos seriam debitados ao meu pouco esforço. Prova disso é que às vezes nos esforçamos tanto e não conseguimos lograr os êxitos desejados. É por aí ou eu tô viajando? Se alguém puder contribuir para uma melhor compreensão eu agradeço. Um abraço a todos!

    ResponderExcluir
  2. Caminho certo, Paulo. Para Bourdieu essa concepção inatista do "dom" era usada para justificar as diferenças entre classes e suas desigualdades. Aqueles que possuíam um rico capital cultural destacavam-se em importantes áreas e os membros das classes desfavorecidas (por não possuírem o capital cultural solicitado) eram vistos como desprovidos desses "dons" ou méritos. A "ideologia do dom" na verdade, se mostra como uma forma velada de justificar o acúmulo e transmissão de capital cultural das classes dominantes, assim como a desigualdade de oportunidades.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Elaine. Estou tentando começar minha avaliação e essa observação era muito pertinente. A leitura da sua também deu um norte. Bom domingo!

      Excluir
  3. Professora, boa tarde!! Quando comecei a escrever sobre a minha trajetória até chegar a universidade e o que me levou ao curso de pedagogia, vi o trabalho que Elaine publicou no blog de autoria própria, e por muitas vezes ela discute , comenta e menciona Bourdieur. Gostaria de saber se é para ser feito dessa forma, ou se posso continuar fazendo de maneira mais pessoal e íntima, citando nomes de pessoas e das instituições por qual passei. Estou escrevendo de forma bem detalhada pois, o capital cultural que eu construí, contou com vários episódios e suas ligações, que eu explico ao decorrer das etapas da minha história. Espero ter entendido a proposta, no contrário, aguardo sua correção professora! Beijos, atenciosamente Thais

    ResponderExcluir
  4. Oi Thais, obrigada por compartilhar a sua dúvida com todos!
    Elaine discute explicitamente com o texto de Bourdieu, o que é ótimo, mas não é indispensável. O que é indispensável? É que o conhecimento adquirido através de leitura de Bourdieu GUIE a reflexão que estão fazendo sobre a experiência escolar de vocês e como o capital cultural adquirido através dela, juntamente com o adquirido na família os trouxe até o curso noturno de Pedagogia da UFC... Em síntese, não precisa conversar explicitamente com Bourdieu, mas precisa compreender os argumentos de que ele se utiliza para defender a tese de que a escola mais “conserva” do que socialmente “transforma” os indivíduos e vê se a teoria dele faz sentido para explicar a sua história e destino escolares. Caso tenham mais dúvidas, por favor, escrevam!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada professora!! Agora eu entendi.
      Explicitando ou não Bourdieu, o importante é que se compreenda sua tese e no que ela refletiu e se refletiu ao responder a questão.

      Excluir
  5. Assim como o Paulo, tive um pouco de dificuldade de entender a ideologia do dom, mas com as explicações dos videos e das palavras da Elaine e da professora pude compreender melhor esse conceito. Concordo plenamente com Bourdieu que a escola esta longe de ser libertadora e que, infelizmente, ainda serve de conservação das desigualdades ao tratar todos de forma igualitária, esquecendo as diversidades de cada um. Espero que nós, como pedagogos, possamos mudar essa situação aos poucos e contagiar os demais para transformar essa realidade escolar.

    ResponderExcluir